EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF INJURIES IN PATIENTS WITH HIGH DIAGNOSTIC SUSPICION OF ABUSE.

This study aimed to analyze the epidemiological profile of child abuse cases treated at Hospital Geral de Pirajussara, São Paulo, and to understand the characteristics of associated injuries. A retrospective cross-sectional study was conducted by reviewing medical records of patients suspected of abuse, aged 18 years or younger, from January 2012 to December 2022. Data on sex, age, trauma mechanism, presence of fractures, and outcomes were analyzed. A total of 58 records were included. Most cases involved adolescents (50%, n=29). The most common abuse mechanism was physical force (36.21%, n=21), followed by direct trauma by object (13.79%, n=8). Fractures were present in 41.38% of cases (n=24), with skull and facial fractures being the most frequent (33.33%, n=7). Brain injuries were the most common associated injuries (42.42%, n=14). Most cases (77.59%, n=45) were discharged with an average hospital stay of 9 days. Abuse is prevalent among young children under 1 year and adolescents (13-18 years). Identified patterns of injuries and abuse mechanisms highlight the need for stringent screening and management protocols. Continuous training and vigilance are crucial for effective prevention and intervention. Level of Evidence III; Cross-Sectional Retrospective Study. Analisar o perfil epidemiológico de crianças vítimas de maus-tratos atendidas no Hospital Geral de Pirajussara, São Paulo, e investigar as características das lesões associadas. Conduzido um estudo transversal retrospectivo com revisão de prontuários dos pacientes com suspeita de maus-tratos, idade igual ou inferior a 18 anos, entre janeiro de 2012 e dezembro de 2022. Analisaram-se dados sobre sexo, idade, mecanismo de trauma, presença de fraturas e desfecho. Dos 58 prontuários analisados, 50% (n=29) referiam-se a adolescentes. O abuso mais comum foi por força corporal (36,21%, n=21), seguido por trauma direto por objeto (13,79%, n=8). Fraturas foram encontradas em 41,38% dos casos (n=24), com maior frequência em crânio e face (33,33%, n=7). Lesões cerebrais foram mais prevalentes entre as lesões associadas (42,42%, n=14). A maioria dos pacientes (77,59%, n=45) recebeu alta apresentando internação média de 9 dias. Maus-tratos são prevalentes em crianças menores de 1 ano e adolescentes (13-18 anos). Os padrões de lesões e mecanismos de abuso evidenciam a necessidade de protocolos rigorosos para triagem e manejo. A capacitação contínua e a vigilância são essenciais para a prevenção e intervenção eficaz. Nível de Evidência: III; Estudo Transversal Retrospectivo.